segunda-feira

Um olhar Pedagógico

Uso da Internet



Em nossas visitas à escola, um dos assuntos que mais têm nos preocupado é a utilização da Internet pelos alunos.

A maioria dos Diretores, Professores e Supervisores nos abordam sobre a possibilidade de se bloquear alguns sites na Internet escola.

Os campeões de solicitação são Orkut, MSN e sites com teor erótico e ou pornográfico. Acontece que quando a escola toma essa atitude ela perde a oportunidade de educar o jovem para o mundo.

Não existem bloqueadores de site nas lan house pelo mundo à fora, é necessário que a escola faça dessa situação um detonador para o trabalho mais apurado com seu alunado.

Precisamos formar cidadãos que saibam respeitar limites, entender as barreiras sócio-comportamentais e à partir desses conceitos bem definidos criar parâmetros próprios, sem a imposição de censura pelos adultos.

O aluno é o protagonista da educação, sendo assim, devemos pensar em prepará-lo para viver numa sociedade onde tudo lhe é permitido e o ato de se discriminar o lícito e o ilícito será opção do mesmo.

Para que isso aconteça, a escola, no papel do Educador deverá trabalhar junto ao alunado o uso consciente da Internet, aprendendo a discernir as armadilhas virtuais.

Assim como não cabe à escola o papel de censor, não podemos jamais aceitar a idéia de adolescentes frequentando o laboratório de informática sem a tutela e orientação de um professor ou monitor previamente treinado, entenda-se por monitor alguém responsável, que vai orientar durante o acesso à Internet.

A visitação a sites com teor erótico, sensual sempre vai acontecer, seria anormal se adolescentes, cheios de curiosidade, com um mundo à distância de um click não ousassem buscar respostas para suas inquietações, acontece hoje e sempre irá acontecer.

O que jamais deve acontecer numa escola é que esses mesmos adolescentes naveguem nesse mar de oportunidade e se exponham não só à conteúdo impróprio e ofensivo mas, sejam vítimas fáceis para uma rede de pedófilos que navegam disfarçados de ovelhas, com nicks inofensivos , à busca de crianças e adolescentes, à deriva no cyber espaço.

É dever da escola acompanhar seus alunos, orientar quanto aos perigos das redes de relacionamento e, ao invés de barrar, ensinar ao alunado como usufruir de modo seguro toda riqueza de possibilidades que a grande rede oferece.

Encontramos muitos professores que já adotam essa postura inclusive, permitem que o aluno abra sua página de relacionamentos, pedem para ser adicionados e com isso abrem uma nova porta de interação com a "galera" da escola.

Um bom trabalho para todos nós!

Krissanthy S. Fourakis
Analista Educacional
NTE/SRE Leopoldina

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